Pescadores à deriva por 15 dias usaram partes do barco para fazer fogueira. Eles se alimentaram apenas de peixes durante os dias no mar.
Maria da Penha de Souza, de 55 anos, o marido, Eduardo Rodrigues Sales, de 45 anos e outros dois pescadores passaram 15 dias à deriva próximo ao litoral do Espírito Santo depois que o motor do barco em que estavam quebrou. Os quatro conseguiram sobreviver improvisando para conseguirem alimento. “Eles quebraram partes do próprio barco para fazer fogueira e assar peixes”, disse ao G1 a filha de Maria da Penha, Carla Cristina.

Segundo Carla, a mãe, o padrasto e os outros pescadores partiram na madrugada do dia 28 de maio e deveriam passar três dias pescando em alto-mar . Entretanto, ainda no dia 28 o motor do pesqueiro Urso Branco parou de funcionar, deixando o barco à deriva.
“Eles fizeram a comida, programada para os três dias, durar cinco dias”, diz Carla. “Depois que a comida acabou, passaram a pescar e usaram madeira do barco para assar o que pescavam”. Além do alimento, os pescadores haviam levado um estoque de 400 litros de água, de acordo com Carla.

Os pescadores foram resgatados por um barco pesqueiro que passava pela região. “Um rapaz que estava indo pescar encontrou o barco e abandonou sua rota”, disse Carla. Ele rebocou o pesqueiro até o porto de Barra do Riacho (ES).

Carla afirmou que a mãe, sem nenhum ferimento, estava bastante debilitada. “Ela foi para o hospital e chegou em casa de madrugada, mal conseguiu dormir, mas está bem”. O padrasto de Carla e os outros dois pescadores, amigos da família, também não tinham ferimentos e passam bem.

fonte: g1.com.br – 12/06/09 – 20h11